Seja qual for o motivo
por estar aqui, me senti bem em receber vento ao lado de um Deus do Rock
Axel, o metade cachorro metade raposa que não para de pular.
O vento soprou lá fora, me senti bem outra vez. Apesar do calor
os momentos em família ainda permaneciam acolhedores por causa desse vento. Ah,
o vento.
Axel já havia cansado e mesmo assim ainda continuava a pular
e correr. Cachorro tolo, não se incomoda em passar calor só em brincar, correr
e comer. Invejei-o por um tempo.
Ao lado da irmã postiça que acabará de chegar dos Estados
Unidos, em frente ao pai sonolento com olhar cansado por noites mal dormidas e
minha mãe postiça linda com óculos em seus loiros cabelos e uma amiga mística
com um ar inspirador para escrever, a dona da casa.
A conversa surge por todos os lados, notícias, doenças, vivencias,
cachorros, gatos e calopsitas. O assunto escorria pelas mãos como aguas de uma
fonte, entrava pelos ouvidos e saia como o vento. Já citei que amo o vento?
O comentário surge da boca do homem cansado:
_Está gostoso o dia
hoje, a brisa, ventinho bom.
_Vamos fazer o que hoje? Comer algo fora? Cozinhar? Pedir
algo? _diz a senhora mística e logo surge o assunto aleatório novamente.
É um dia comum em Florianópolis, mas que me dá um ar de que
hoje será um dia promissor.
Ao menos proponho a
mim mesmo a capacidade de aproveitar o vento delicioso que vem da janela.
Ah, o vento.